segunda-feira, 3 de agosto de 2009

História dos Batistas Nacionais


BATISTAS NO BRASIL

O trabalho dos batistas no Brasil começou a se organizar a partir da região Sudeste, com a chegada de missionários, imigrantes norte-americanos, em Santa Bárbara do D’Oeste, São Paulo, que em 10 de Setembro de 1871 organizaram a Primeira Igreja Batista em terras brasileiras. Mas os cultos eram realizados em inglês, para servir aos imigrantes norte-americanos.

O primeiro culto em português ocorreu dez anos depois com a chegada ao Brasil do missionário Willian Buck Bagby e sua esposa Anne Luther Bagby, que aprenderam o português no Colégio Presbiteriano de Campinas. Um dos instrutores do casal foi o ex-padre Antônio Teixeira de Albuquerque. Ele converteu-se ao protestantismo sozinho ao estudar a Bíblia. Tornou-se o primeiro brasileiro a ser consagrado pastor batista.

Naquele mesmo ano, o casal Bagby, Zachary Clay Taylor e sua esposa Kate S. Taylor dando sequência ao plano evangelístico, foram para Salvador, Bahia onde fundaram a Primeira Igreja Batista do Brasil. As organizações batistas americanas começaram a investir, mandando obreiros que aqui chegavam trazendo consigo o modelo da estrutura eclesiástica americana. Além da estrutura cuidadosamente organizada, as igrejas brasileiras fizeram questão de manter o modelo congregacional de governo, caracterizado pela autonomia de cada igreja local, uma marca dos batistas que predomina hoje.

Em 1907, as igrejas passaram a se agrupar nas chamadas convenções, com o objetivo de gerir causas comuns. Este trabalho ampliou-se, buscando a cooperação entre as igrejas. Foi organizada, então, a CBB (Convenção Batista Brasileira) no dia 22 de Junho daquele mesmo ano.

RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

Renovação Espiritual nasceu no coração de D. Rosalee Mills Appleby, de José Rêgo do Nascimento e de Enéas Tognini. Depois, o fogo, na misericórdia de Deus, se alastrou para outras vidas, para outras igrejas e para outras denominações.

Renovação Espiritual, como a palavra bem o expressa, é aproveitar o que existe. José Rego do Nascimento gritou muitas vezes "Renovação Espiritual é uma mensagem bíblica no poder do Espírito para sacudir as igrejas que existem, mas que dormem embaladas pelo comodismo e pela inatividade." Quando esta mensagem começou a entrar nas igrejas históricas, correspondia exatamente ao anseio do nosso povo. Era resposta divina de orações que os servos do Senhor fizeram de joelhos, ou com o rosto em terra e com lágrimas. Igrejas se despertaram e começaram a viver no poder do Espírito e a experimentarem vitórias retumbantes no Senhor. E o Reino cresceu. Mas neste momento o inimigo furioso, quis destruir. Conseguiu dividir a unidade batista e o mesmo aconteceu com outras denominações históricas. Após muitos acontecimentos, oficialmente, em janeiro de 1965, na cidade de Niterói, a Convenção Batista Brasileira excluiu cerca de 32 igrejas de seu rol. No ano seguinte o número de igrejas desarroladas chegou a 52

CRIAÇÃO DA AME E SURGIMENTO DA CBN

A primeira pessoa a pensar na importância de redirecionar estas 52 igrejas recém desligadas da CBB, foi Ilton Quadros, na época, pastor da Igreja Batista do Barreiro, em Belo Horizonte (MG), que conversando com Pr. Artur Freire (Vitória da Conquista - BA), viram que não era bom erguer a bandeira de uma nova convenção, devido aos acontecimentos, então, sugeriram a criação de uma Ação Missionária. Em Janeiro de 1966, organizou-se, a Ação Missionária Evangélica, cuja a sigla era AME. No início houveram confusões, pois um grupo pensava em uma AME batista e outro em uma AME para todos os evangélicos renovados. Esta hetegeneidade trouxe um certo desassossego, mas foram dias de grandes bênçãos. Houveram muitos Encontros de Renovação Espiritual e a obra do Espírito Santo se fez, produzindo plantas que ainda hoje frutificam para a glória de Deus. Era necessário organizar o trabalho, reestruturá-lo e unificá-lo, e somente uma convenção ofereceria balisas seguras para o prosseguimento da obra avivada e nos moldes democráticos que caracterizam as igrejas batistas. Então, em Julho de 1967 os Estatutos da AME foram reformados. As Igrejas não batistas se desligaram da AME e cada qual se organizou de acordo com suas características históricas.

Em 16 de setembro de 1967 a AME passou a se chamar Convenção Batista Nacional, por ocasião da primeira Assembléia Geral, realizada na Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte (MG), com a presença de 43 mensageiros, representantes de 19 igrejas.
Logo após a organização oficial, a CBN fez constar de seu estatuto um importante artigo, em meio à série de outros que a regulamentam e direcionam os trabalhos e toda a filosofia religiosa desta instituição. É ele o primeiro artigo do estatuto. O que discorre sobre o caráter associativista da instituição enquanto órgão que “congrega igrejas que pugnam por uma genuína renovação espiritual, crentes no batismo do Espírito Santo e nos dons espirituais, como realidades para a Igreja de Cristo presente no mundo”.

Este foi o início de um trabalho árduo que já completou 35 anos, e que os Batistas nacionais podem celebrar e engrandecer a Deus pelas grandes obras realizadas. Como bem disse Paulo: “em tudo, já somos mais que vencedores”. Certamente, a infalível confiança de que Deus está no comando desta Obra será sempre o indicativo para novas e audaciosas conquistas pautadas pelo discernimento e pela aceitação de desafios.

35 ANOS - A RELEVÂNCIA DA REPRESENTATIVIDADE

A Convenção Batista Nacional completou trinta e cinco anos de existência. É uma boa oportunidade para celebrarmos Deus, celebrarmos Sua graça e celebrarmos Sua fidelidade. A obra de Renovação Espiritual, fruto do mover do Espírito Santo, gerou incontáveis frutos para a glória de Deus e a obra cresceu. Temos hoje uma história, uma identidade, um cabedal de valores da maior importância, que são as pessoas, homens e mulheres, “valentes do Senhor”, que fazem desta Convenção relevante e, hoje, reconhecida. No intrincado mundo do sistema democrático, é extremamente importante a representatividade. Quanto maior a representatividade, maior a força deste grupo, bem como maior o poder de influência. Por isso, uma igreja independente não terá a força dentro do contexto temporal, do que muitas reunidas e unidas em uma convenção. E várias convenções unidas terão maior força ainda, se estiverem trabalhando unidas no convívio nacional.

A partir daquilo que esperamos de uma convenção como identidade e apoio de ministérios, é importante pensar sobre a relevância da representatividade, que por si só, justifica sua existência. Dentro desta perspectiva, precisamos buscar afirmar nossa identidade, afinando com o propósito de Deus, fortalecer nossa representatividade como um povo que quer fazer diferença, porque é relevante.

É bem verdade que há forças ocultas carregadas de malignidade interessadas na quebra da fraternidade e da representatividade. Oportuno é lutarmos, porque esta é a hora da CBN amadurecer e saber conviver com suas próprias diferenças, sem negociar com o pecado. Na esperança de um novo mover de Deus

STEB - O PRIMEIRO SEMINÁRIO BATISTA RENOVADO

O desligamento de igrejas da Convenção Batista Mineira e da Brasileira, além de seminaristas do Batista do Sul culminou com a decisão dos excluídos de criarem um seminário onde a manifestação do Espírito Santo fosse estudada e vivenciada. Nascia em 1965, na cidade mineira de Conselheiro Pena, o Seminário Teológico Evangélico do Brasil. Inicialmente foi instalado na 3ª Igreja Batista de Belo Horizonte (MG), para em seguida transferir-se para os bairros Carlos Prates e Sagrada Família. Em 1969 Deus usou o irmão Miguel Carvalho Pimentel para doar uma chácara de quase 8 mil metros quadrados em Venda Nova onde o seminário instalou-se definitivamente.

A década de 70 foi de crescimento, chegando a Belo Horizonte muitos jovens vocacionados para se prepararem ministerialmente. Aos poucos outros seminários vão sendo organizados, no afã de se oferecer formação teológica no próprio campo dos vocacionados, evitando-se assim o seu êxodo. Os anos 90 trouxeram a pior de todas as crises quando o CONPLEX estudou uma proposta de se extinguir o seminário, dando-lhe outra destinação. Mas Deus tinha outros planos e passou a revigorar a visão do seminário. Os ventos do Senhor voltaram a soprar na Casa de Profetas. Buscando providenciar recursos financeiros para a consecução dos planos de expansão. Foi criada a Escola Cristã Batista Nacional – Escriba, oferecendo maternal e o 1º grau. O curso noturno foi reativado e, em 1999, aberto à pós-graduação lato senso em Aconselhamento, hoje já em sua 5ª turma. O ano de 2001 foi importante para a história do STEB, pois começou-se a ver a necessidade de se aprimorar todo o modelo da proposta acadêmica, assim como seus processos. Foi compreendido que seria importante trabalhar por uma formação em que o vocacionado pudesse compreender e apaixonar-se pela missão da igreja, no contexto latino-americano. A chama da missão integral passa a aquecer os corações, com quase uma dezena de professores fazendo seu mestrado nessa área, e trazendo enorme influência em toda a instituição. Um novo currículo foi discutido e desenhado, conservando uma formação teológica e prática consistente, e desenvolvendo a área da missão integral, com ênfase na ação missionária, social e discipulado, com um ano de estágio supervisionado em cada uma dessas áreas. Uma igreja contextualizada e atuante é o que se anseia no Brasil. O evangelho todo para todo o homem e o homem todo! Certa ocasião Dona Rosalee Appleby mandou a seguinte mensagem ao STEB: “Com gratidão no passado, com fé no presente, com grandes esperanças para o futuro... Diga ao Seminário Teológico Evangélico do Brasil que Marche no poder do Espírito de Deus... Porquanto o Senhor, teu Deus, anda no meio do teu acampamento”. Este é o norte desta instituição – a presença de Deus, sua vontade, e o privilégio de participar do Reino e do projeto Divino de resgatar o homem das trevas para a Sua luz.

Fonte: "História dos Batistas Nacionais", Pr. Enéas Tognini; "Renovação Espiritual", Pr. José Rego do Nascimento; Jornal "O Batista Nacional", Livro de Atas da Convenção Batista Nacional; Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda, Sites: www.ibji.com.br, www.batistas.org.br

Saiba mais sobre os Batistas Nacionais: "História dos Batistas Nacionais", Pr. Enéas Tognini; "Colunas da Renovação", Pr. João Leão dos Santos Xavier; "Para que Sejamos Um", Pr. João Leão dos Santos Xavier; "Calvário e Pentecoste", Pr. José Rego do Nascimento; Manual Básico dos Batistas Nacionais.

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